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Brasil na X

Carreiras em engenharia

De matéria condensada à GPS

3/7/2016

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Nome: Jefferson Gomes
Promoção: X2002
Área de atuação: 
Automobilística
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Escola no Brasil
Eu vim da USP, do Instituto de Física (IF) em São Paulo. Na época, a oportunidade de fazer o duplo diploma na École Polytechnique era aberta para alunos da área de exatas em geral, mas, na prática, eram os alunos de engenharia da Poli e os alunos do IF que participavam do programa. Posso dizer que ter feito física me ajudou no processo de preparação para a prova da X pelo fato do curso de Física ser rico em teoria com foco em demonstrações, algo importante no processo seletivo da X.

Área de atuação:
O fato de fazer Polytechnique te abre várias perspectivas. Hoje, trabalho com produção na Renault, sou responsável de uma unidade de produção que prepara motores de carros que conta com uma equipe de 150 pessoas. Aqui na França, a formação de engenheiro em geral forma os alunos a não se habituar a uma área, a passar de uma área para a outra e nas empresas eles usam essa habilidade. Quer dizer que você não vai necessariamente se especializar em uma área. Eu comecei com engenharia, trabalhei na sede da Renault e agora trabalho em uuma fábrica. Da física até o que eu faço hoje, tiveram várias mudanças. Quando eu estava no Brasil estudando Física, eu queria trabalhar com Física Aplicada na aréa de matéria condensada. Na X, peguei a maior parte dos cursos de física que eu pude para validar o meu diploma na USP.

Quando eu deixei a X eu me perguntava o que eu iria fazer, pois a formação te dá oportunidade de fazer o que você quiser. Eu decidi então, ir pra outra área, a de telecomunicações com foco em sistemas embarcados. Essa mudança me deu a oportunidade de trabalhar na Renault em engenharia de sistemas de navegação (GPS). Foi assim que eu comecei.
 
Estágios
Na X, algo que eu aproveitei muito foram os estágios internacionais.
No terceiro ano, fiz meu estagio científico na IBM, na Sillicon Valley - Califórnia (EUA) no setor de discos rígidos, onde trabalhei com tecnologia de ponta graças a um professor de física na X que conhecia o Diretor de Pesquisa dessa empresa. Foi, até hoje, o melhor estágio que eu fiz: uma grande oportunidade de trabalhar com uma das melhores equipes do mundo na área de discos rígidos, além de usar o inglês num ambiente profissional.

No segundo ano, fiz meu estágio Ouvrier¹ na Austrália, participei de algumas missões nas florestas com o objetivo de proteger o meio ambiente australiano.
 
Morar no Brasil
Não moro no Brasil, fiquei na França por dois motivos: o primeiro é pessoal - me casei por aqui minha esposa é francesa. Já o segundo é profissional - gosto do meu trabalho na França. Entretanto o projeto de voltar para o Brasil um dia não esta descartado.
 
Formação depois da X, o quarto ano (4A)
Quando vive-se no exterior, experimenta-se uma fase diferente, em que aprende-se a conhecer outras culturas, o que ajuda a aprender a trabalhar com pessoas de várias nacionalidades. Hoje em dia essa capacidade é fundamental. Por isso, eu acho que nesta fase em que vocês estão, jovens, a melhor oportunidade é de ir pro exterior, pois em geral vocês têm mais liberdade nessa fase da vida. Além do mais, uma experiência internacional é muito enriquecedora e valorizada no Brasil. Não é por nada que os franceses dizem que Les voyages forment la jeunesse²!

Contudo, não se pode deixar a formação do Brasil de lado.  Acho importante ter um diploma brasileiro, pois ao voltar para este país, podemos ter dificuldades pra ser contratados. É fundamental pensar não só no instante presente mas a médio prazo.

Conselho pros brasileiros
Na X, o que é legal, é que você pode fazer várias coisas e a parte de estudos é bem intensa. Diria para os novos alunos aproveitar bastante, aproveitar para estudar e para fazer outras atividades: esportes, viagens, conhecer pessoas. Vocês vão ter uma formação de alto nivel que abre várias perspectivas em diversas areas.

Outro ponto importante é estar consciente que mesmo se o diploma da X abre muitas portas graças a sua excelente reputação, ele não é suficiente para se ter uma carreira de sucesso. A formação é algo a mais para o primeiro emprego, mas é importante saber que o diploma abre esta primeira porta, mas todas as outras se abrirão com a sua competência, trabalhando bastante e estando motivado.

Um outro conselho, seria de trabalhar a sua capacidade de liderança durante os estudos, via atividades extra curriculares, por exemplo. Admito que isso é algo que fiz pouco. Aspectos como liderar e influenciar pessoas, são tão importantes (ou mais) que a parte intelectual. Nas grandes empresas, estima-se que 5% do trabalho é definição da estratégia, o resto é saber aplicar, o que só é possível em um ambiente com várias pessoas se tivermos a capacidade de liderança e de persuasão.

Quando forem trabalhar, desconfiem de propostas de carreiras com trajetórias bem definidas. A única certeza que vocês têm ao integrar uma empresa é o primeiro cargo, pouco importa o que a empresa prometa, por uma razão simples:  a carreira é a gente que constrói, então devemos ter a capacidade de antecipar, de imaginar nossa carreira e tomar controle dela (senão uma outra pessoa fai fazê-lo por você...).

Meu último conselho e o mais importante é aproveitar os contatos. Networking é indispensável. Eu aproveitei muito o contato com os professores e com as pessoas da fundação da X, que é formada por ex-alunos da École Polytechnique, que têm contato com as empresas.

Na época, na minha primeira entrevista na Renault, o RH era marido da professora de física quântica na X (ainda bem que eu tive uma nota boa !). Esse estágio consegui graças a ajuda da fundação, então acho que é fundamental manter contato com eles.

Estágio ouvrier¹: Primeiro estágio de um estudante durante o ensino superior, normalmente em funções nas quais uma menor qualificação é necessária. Este estágio  atualmente não existe mais na X e foi substituído pelo estágio empresarial.
Les voyages forment la jeunesse²: Francês para "as viagens formam a juventude"
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